Se você, assim como eu, passou o último ano torcendo para que a saga “HYBE vs. Min Hee-jin” tivesse um final de conto de fadas, a realidade de novembro de 2025 acabou de nos dar um banho de água fria. O que parecia ser uma luta por liberdade artística se transformou, nesta semana, em um cenário de guerra civil dentro do fandom e uma lição brutal sobre contratos no K-pop.
Hoje, precisamos dissecar o que realmente aconteceu com o retorno parcial das integrantes ao ADOR, a fundação da nova agência “OOAK” e por que estamos diante do momento mais triste da 4ª geração.
O Tribunal Falou: O Contrato é Rei
Para entender o caos de hoje, precisamos voltar ao veredito da semana passada. O tribunal de Seul foi claro: o NewJeans não pode rescindir seu contrato com a ADOR/HYBE sem pagar a multa rescisória.
Durante meses, a narrativa foi emocional: “as meninas estão sofrendo”, “elas são maltratadas”. Mas a lei olhou para os fatos frios. O tribunal decidiu que “quebra de confiança emocional” não anula um contrato comercial de milhões de dólares. Isso colocou o grupo contra a parede. Ou pagavam uma quantia astronômica que acabaria com suas carreiras financeiramente, ou voltavam.
E foi aí que o sonho da “fuga em grupo” morreu.
O “Racha”: Hyein e Haerin voltam para a ADOR
A notícia que quebrou a internet ontem foi a confirmação de que Hyein e Haerin já se reapresentaram à ADOR para retomar as atividades.
A internet não perdoou. Fóruns coreanos e internacionais estão chamando a atitude de “traição” à Min Hee-jin e às outras integrantes. Mas vamos ser analíticos aqui: elas tinham escolha? Com a derrota no tribunal, a multa recairia sobre os indivíduos. É muito fácil para nós, fãs sentados em casa, exigirmos que adolescentes se endividem para o resto da vida em nome de “lealdade”. A realidade bateu na porta, e ela custa caro.
Enquanto isso, Minji, Danielle e Hanni permanecem em um “limbo” assustador. Elas ainda não retornaram. Estariam elas tentando uma última negociação? Ou estão dispostas a sacrificar tudo para seguir Min Hee-jin?

A Nova Jogada de Mestre (ou Desespero?) de Min Hee-jin
No meio desse furacão, Min Hee-jin não ficou parada. A ex-CEO anunciou oficialmente sua nova agência, batizada de OOAK (One of A Kind). O nome é genial, a estética é impecável, como esperado dela.
Mas a declaração que ela soltou hoje cedo mudou o jogo novamente. Em vez de pedir que as meninas viessem para a OOAK (o que geraria mais processos por aliciamento), Min Hee-jin foi a público implorar para que a ADOR aceite todas as 5 integrantes de volta.
“Isso sempre foi sobre mim; as crianças não devem ser arrastadas para isso. Elas devem ser protegidas, não usadas,” disse ela.
Isso é uma bandeira branca? Não. É xadrez 4D. Ao dizer isso, ela se coloca como a “mãe protetora” que abre mão do próprio ego para salvar a carreira das “filhas”. Se a ADOR punir as meninas que ainda não voltaram (Minji, Danielle, Hanni), a HYBE será a vilã que destruiu o grupo. Se a ADOR aceitar todas de volta e o grupo continuar, Min Hee-jin prova que ela criou algo inquebrável.
O Que Isso Significa Para o Futuro do K-pop?
Estamos vendo um precedente perigoso e histórico.
- O Mito da “Família”: Caiu por terra a ilusão de que grupos são famílias inseparáveis. Quando a pressão jurídica aperta, é cada um por si e seu CPF.
- O Poder das Big 4: A vitória da HYBE no tribunal reforça que as agências ainda têm o poder total. A era de ídolos processando empresas e saindo facilmente (como vimos em gerações passadas) encontrou um muro de contenção.
- Fandom Dividido: O fandom Bunnies está fraturado. Há quem apoie as que voltaram (“elas só querem trabalhar”) e quem as chame de covardes. Essa ferida no fandom pode ser fatal para o próximo comeback.
Veredito: O NewJeans Sobrevive?
O NewJeans como conhecíamos — aquela unidade coesa, com uma visão artística singular alinhada à sua criadora — acabou. O que teremos daqui para frente é um grupo “profissional”: funcionários de uma empresa cumprindo tabela, talvez com um clima interno gelado, tentando vender uma imagem de amizade que foi juridicamente forçada a continuar.
A música ainda pode ser boa. O visual ainda pode ser bonito. Mas a magia? A sensação de que elas eram diferentes da máquina industrial? Essa morreu nos tribunais de Seul em novembro de 2025.
E você? Se estivesse no lugar da Hyein e da Haerin, voltaria para a empresa que você processou para evitar a falência, ou lutaria até o fim com Min Hee-jin, mesmo que isso custasse sua carreira? Deixe sua opinião nos comentários. Vamos debater com respeito, mas sem panos quentes.
